A seus olhos?!
Presença, natureza,
futuro, educação...
Quanto aos meus?!
Ausência,
constância, distância, mecanização...
Cadáveres, passo a
passo, sob a desgraça da normatização. A morte moral e intelectual.
Anas, Paulas, Marias e tantas
outras e outros Josés, qualquer outro, se perderam, tornaram-se mármore,
DELETARAM-SE!
Agora?! Nada mais que números,
pontuações, cada qual em seus processos de ações repetitivas. Apenas cordeiros.
Alunos, apenas alunos. Quem sabe soldados programados, domesticados, castos de
pensamento e opinião. Mais, principalmente, atitude. Agindo sempre, e apenas,
quando algo os refuta ao pessoal. Por instinto, autodefesa,... um
grito isolado e motivado por quem sabe anticorpos à Robespierre*.
Onde estás, pensamento? Onde
estás, liberdade?
Quem sabe entre as pernas,
escondidos, fundidos com a vergonha imposta pela “docência” dos entrincheirados,
aqueles que um dia foram chamados de mestres. Hoje, apenas pastores. E por
vezes, pelo sistema atual empregado, por DITADORES
DIPLOMADOS.
A quem devemos rogar?! A quem?!
Não me engano, sou mais um. Você é mais um. Podemos então algo fazer? Talvez...
Talvez se passarmos a verbalizar palavras como ponderar e fazer quebraremos as
barreiras entrepostas entre professores e estudantes, instituições educacionais
e a família, entre o óbvio e o questionável.
Então, novamente, perguntaremos a
nós mesmos:
Afinal, o que somos?
E o que queremos ser daqui em
diante?
A partir daí tudo o que nos tornamos passará a
se desfazer. Deixaremos de ser marionetes, números,
para sermos Anas, Paulas, Marias e tantas outras e outros Josés.
Piranhas-AL, 23 de Outubro de 2012
Marcio
Santos
Presidente do Grêmio Estudantil Velho
Chico (IFAL)
* Maximillien de Robespierre.
Revolução Francesa,
1758-1794.
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