quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Afinal, o que somos?





A seus olhos?!
Presença, natureza, futuro, educação...
Quanto aos meus?!
Ausência, constância, distância, mecanização...
Cadáveres, passo a passo, sob a desgraça da normatização. A morte moral e intelectual.

Anas, Paulas, Marias e tantas outras e outros Josés, qualquer outro, se perderam, tornaram-se mármore, DELETARAM-SE!

Agora?! Nada mais que números, pontuações, cada qual em seus processos de ações repetitivas. Apenas cordeiros. Alunos, apenas alunos. Quem sabe soldados                    programados, domesticados, castos de pensamento e opinião. Mais, principalmente, atitude. Agindo sempre, e apenas, quando algo os refuta ao pessoal. Por instinto, autodefesa,... um grito isolado e motivado por quem sabe anticorpos à Robespierre*.

Onde estás, pensamento? Onde estás, liberdade?
Quem sabe entre as pernas, escondidos, fundidos com a vergonha imposta pela “docência” dos entrincheirados, aqueles que um dia foram chamados de mestres. Hoje, apenas pastores. E por vezes, pelo sistema atual empregado, por DITADORES DIPLOMADOS.

A quem devemos rogar?! A quem?! Não me engano, sou mais um. Você é mais um. Podemos então algo fazer? Talvez... Talvez se passarmos a verbalizar palavras como ponderar e fazer quebraremos as barreiras entrepostas entre professores e                      estudantes, instituições educacionais e a família, entre o óbvio e o questionável.

Então, novamente, perguntaremos a nós mesmos:
Afinal, o que somos?
E o que queremos ser daqui em diante?

A partir daí tudo o que nos tornamos passará a se desfazer. Deixaremos de ser  marionetes, números, para sermos Anas, Paulas, Marias e tantas outras e outros Josés.


Piranhas-AL, 23 de Outubro de 2012



Marcio Santos
Presidente do Grêmio Estudantil Velho Chico (IFAL)


* Maximillien de Robespierre. Revolução Francesa, 1758-1794.
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