terça-feira, 16 de setembro de 2014

FENET lança Plataforma Eleitoral aos candidatos a Presidência da República




Plataforma eleitoral da Federação Nacional ENET


No dia 7 de setembro de 2014, reunidos na cidade de Ouro Preto – MG,  a diretoria da Federação Nacional de Estudantes de Ensino Técnico, diante da proximidade e relevância das eleições presidenciais a ocorrer nas próximas semanas, aprovaram a presente Plataforma Eleitoral a ser entregue a todos(as) os(as) candidatos(as) a Presidência da República.

O Brasil é um país de dimensões continentais, com uma diversidade cultural enorme, solo fértil, inúmeras riquezas naturais e uma população de mais de 200 milhões de habitantes. No entanto, mesmo vivendo o dia de nossa independência, constatamos que ainda estamos longe de atingi-la plenamente, sem garantir independência econômica e política para nossa nação, em especial no grave processo de crise econômica que enfrentamos há alguns anos e que tem imposto demissões, fome e sofrimento a milhões de pessoas em todo o mundo.

Analisamos o quadro de regressão industrial na economia brasileira com extrema preocupação, numa política econômica que favorece a exportação de commodities e nos limita a um papel agrário-exportador na economia mundial, impedindo nosso desenvolvimento e tornando o país ainda mais refém das grandes empresas multinacionais, do sistema financeiro e especuladores que recebem bilhões com o famigerado pagamento da dívida pública, consumindo 42% do orçamento da União, conforme dados da Auditoria Cidadã da Dívida Pública.

Nesse sentido, nos posicionamos e apresentamos as candidaturas à presidência da república a necessidade de romper com o pagamento da dívida pública, para efetivamente garantir os investimentos em educação, emprego, saúde, moradia, transporte, reforma agrária e tantas outras medidas fundamentais para conquistarmos a verdadeira independência para a juventude e o povo brasileiro.

Contrariamente a essa política, temos visto tomar corpo com apoio da grande mídia a proposta de “autonomia” do Banco Central, entregando ao controle dos banqueiros um órgão regulador de fundamental importância para a economia e a vida dos brasileiros(as), e constituindo-se num grande ataque a soberania nacional.

É preciso romper com a política de privatizações de portos, aeroportos, rodovias, com a entrega de nossos recursos naturais, com a imediata suspensão dos LEILÕES DO PETRÓLEO e a retomada de uma Petrobrás 100% pública, bem como por fim as “parcerias” público-privadas que atacam os serviços públicos essenciais como a saúde e a educação.

Inegavelmente temos vivido na educação profissional profundas transformações, desde a significativa expansão da rede federal com os seus mais de 500 campi, e a implantação do PRONATECFrente a expansão, acreditamos ser decisiva a continuidade da expansão da rede dotando os novos e antigos campi da infraestrutura necessária para aulas de laboratório, visitas técnicas,  uma política de assistência estudantil inclusiva, com a aprovação do Plano Nacional de Assistência Estudantil hoje tramitando no Congresso Nacional, e a ainda o estabelecimento do piso salarial técnico tão importante para nossas futuras profissões.

Por sua vez o PRONATEC reafirma a lógica de uma educação profissional voltada quase que exclusivamente a qualificação, e ainda a um fortalecimento do setor privado na educação através do Sistema S e de outras instituições privadas de ensino. Queremos uma educação profissional na perspectiva da profissionalização da juventude e dos trabalhadores, com uma visão ampla e não mecanicista, e do fim do financiamento público para a educação privada.

Candidatos(as),

A partir dos dezesseis anos podemos votar, porém não queremos apenas escolher os políticos, mas principalmente queremos opinar nas propostas aser implementadas no país, por isso a Federação Nacional dos Estudantes do Ensino Técnico apresenta sua plataforma eleitoral a sociedade brasileira e a todos vocês.

1.        Auditória da dívida pública e suspensão do seu pagamento que consome 42% do Orçamento Geral da União;
2.        Fim dos leilões do petróleo e minério brasileiro, por uma exploração que respeite o meio-ambiente e as necessidades do Brasil;
3.        Reforma tributária que implemente a cobrança progressiva de impostos. Quem ganha mais, paga mais.
4.        Limitação do envio de remessas de lucros e dividendos para o exterior;
5.        Reestatização de setores economicamente estratégicos, como a siderurgia e a produção de energia;
6.        Investimento de 10% do PIB na educação pública, garantindo o incentivo a pesquisa e a ciência, com ampliação de bolsas e programas de iniciação científica;
7.        Reforma agrária, desapropriaçãodas terras improdutivas e reassentamento das famílias sem-terra. Assistência técnica e financeira para fortalecer a agricultura familiar, responsável por 77% dos empregos agrícolas e por 70% da produção de alimentos.
8.        Redução da jornada de trabalho para seis horas diárias, garantindo maior tempo de descanso aos trabalhadores e mais empregos a população;
9.        Estabelecimento do piso salarial técnico em 66% do salário dos profissionais de nível superior;
10.    Reforma urbana, utilização de prédios vazios para moradia, ampliação dos programas habitacionais com maior destinação de imóveis a população de baixa renda.
11.    Contra a redução da maioridade penal, e pela desmilitarização das PM´s;
12.    Punição a todos os assassinos e torturadores da ditadura militar;
13.    Demarcação das terras indígenas e quilombolas;
14.    Garantia da liberdade de organização e expressão, contra a criminalização dos movimentos sociais;
15.    Igualdade de direitos e contra quaisquer tipos de discriminação religiosa, racial ou de orientação sexual;
16.    Respeito ao meio-ambiente, recuperação das florestas, compreendendo papel fundamental que elas cumprem na manutenção do planeta;
17.    Democratização da comunicação através de um novo marco regulatório que acabe com os monopólios e permita o fortalecimento dos meios de comunicação alternativos e populares, oferecendo ao público mais diversidade de posições;
18.    Fortalecimento da cultura popular brasileira com mais incentivo as manifestações culturais regionais e criação de mais espaços culturais para a juventude; Fim da restrição à meia-entrada;
19.    Estabelecimento de passe livre para a juventude;
20.    Reforma política que democratize a participação popular nas decisões do país;



Meybi Martins e Emanuele Rodrigues
Coordenadoras Geral da FENET





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